Pois é galera, eu aqui começando a postar justamente no dia seguinte da não-classificação do Mengão, enquanto todos nós apenas compartilhamos um sentimento amargurado de frustração.
Se pararmos para ver, o último ano que esteve estampado escudo da CBF no manto sagrado rubro negro, foi 1993, fazendo referência ao título obtido no ano anterior. Muitos páram e criticam sem base os jogadores que não dão seu sangue, o técnico que mexeu errado e a diretoria, que andou falando isso ou aquilo.
Em relação a última entidade, gerida pelo doutor Márcio Braga e comandada pelo nobre Vice Presidente de Futebol do Flamengo, Kléber Leite, até concordo em reclamar sim, porém, não das palavras proferidas pelo nosso presidente e sim pela ridícula e amadora gestão que tem sido arquitetada nos últimos anos. Vivemos de promessas e especulações, apenas isso. Respiramos a futura contratação do fenômeno (a qual eu não sou contra), de um novo técnico messias e de futuros patrocínios (isso nem mais garantido é).
Esquecemos que a época de glória do Mengão foi vivida na década de 80 e início de 90, quando ganhamos 5 (sim, cinco) títulos brasileiros, uma Libertadores da América, um Mundial Interclubes e uma Copa do Brasil. Todos que viveram nessa época se lembram de como era o time do Flamengo, não lembram? Quantos vinham da base? E de onde vinha o seu maior ídolo, o Zico? Ah sim, da base. O Flamengo estava na frente de todos naqueles anos por saber onde investir e principalmente, por saber como gerir (por mais que Márcio Braga estivesse lá).
Eu sei que as dívidas cresceram (por má gestão), porém isso não impede de uma nova postura da diretoria (ou até uma mudança dela) seja feita. Alguém já viu o CT do ninho do Urubu? Parece até uma fazenda mal cuidada, com grama alta e péssimas instalagens. A galera da diretoria tá dizendo que tão reformando, que tem planos até para um novo estádio... Só quero ver.
É mais que conhecida a importância da estrutura de um time, porém é bom bater na tecla também do investimento nas divisões de base. Tomando o São Paulo como exemplo (vou ser escrachado), o time contrata muito pouco, seu time principal é formado ou revelado dentro do próprio clube, os jogadores são exportados para a Europa e logo em seguida chamados para a seleção brasileira. Isso demonstra uma gestão visando o clube como uma empresa, algo que penso ser correto. Os clubes brasileiros, principalmente o Flamengo, parecem blocos de carnaval, onde todo mundo dá pitaco e quer participar. A realidade não deve ser bem assim, deve ser séria e profissional, o resultado disso é a conquista de vitórias e títulos (vide São Paulo 2005-2008).
Os campeonatos de pontos corridos são sempre muito disputados e a tendência é que apenas os times com as melhores estruturas briguem daqui em diante pelos títulos, e isso é conversa de dois, três ou no máximo quatro times, ou seja, São Paulo e os outros que queiram correr atrás. Para os que não acreditam, na época do mata-mata, oito clubes tinham oportunidades de serem campeões, atualmente esse número se restringiu bastante e, maior exemplo disso são os campeonatos europeus:
Itália - Milan, Inter e Juventus
Espanha - Real Madrid e Barça
Inglaterra - Manchester, Chelsea, Arsenal e Liverpool
França - Lyon (esse é o mais exagerado)
Pois é, ou o Mengão muda a sua maneira de gerir o futebol e atuar com mais profissionalismo, investindo em sua base, ganhar dinheiro com isso, atrair mais investimentos (o que será natural) e formar uma equipe forte, ou então ficaremos todo ano disputando vaga pra sulamericana ou até lutando pra não rebaixar.
Tá aqui minha opinião, agora é com vocês opinarem e criticarem, espero que tenham gostado da estréia do post.
Ah! Já que relembrar é viver, deixei lá em cima uma foto para relembrar o último título brasileiro do Mengão, comandado por Júnior.